Dia dos Namorados! Ou seria Dia de São Valentim? Não importa, o que importa é que hoje é um dia bonitinho, de felicitações alegres para quem tem um alguém para compartilhar sentimentos de respeito, amor e sexo, claro. Um dia também para quem quer ter um alguém.
Hoje pela manhã, ao chegar no trabalho, recebi um coração de papel do tipo Origami (vide foto ao lado) todo dobradinho, branco e cheio de amor. Está perto do Bob, em frente ao meu computador, para me relembrar este dia dos namoridos. Hoje, no auge dos meus 26 anos, tenho outras ideias sobre o amor. Há muita confusão quando se fala em amor, paixão, relacionamentos. Nestes anos já me apaixonei, chorei por paixão, ri muito e também vivi momentos de fossa e abraços de afago ao lado de diferentes pessoas. Sofri além da conta, mas também amei.
Acho que o Dia dos Namorados não é só para se comemorar com quem você beija na boca, mas com quem você ama também. Afinal, tenho muitos amigos e amigas que eu namoraria se não fosse por um simples motivo: somos amigos. A amizade é um namoro sem beijo na boca e sem sexo. (Ok, sexo pode ser), mas não é recomendável
Este coração de papel que eu ganhei no dia dos namorados me trouxe boas reflexões. Um coração branco, que quer amar e depois aprende que amar é uma arte, um saber, uma hermenêutica. Tem um processo para chegar até ele, um caminho árduo e que nem sempre se tem êxito. Um caminho platônico, mas se é platônico não é amor, é ilusão.
O amor é palpável, fruto e não semente. Duro de encontrar e jamais é achado. É conquistado.
Não acredito em amor à primeira vista, embora já tenha me apaixonado na primeira vez.
Chega de virgindade, vamos à prática.
Selecionei algumas músicas que me fizeram entender o que é se apaixonar. Algumas foram mais dolorosas, outras mais românticas, outras ainda felizes e que marcaram momento. Quando ouço lembro.
Tenho certeza que muita gente se identifica com algumas músicas daqui, mas cada um com seu coração branco de papel.
Legenda:
F - Fossa (estava sofrendo por uma paixão não correspondida)
P- Paixonado (quando eu estava apaixonado, sendo correspondido. Vendo pássaros)
S - Saí dessa (quando superei uma desilusão)
From The Bottom Of My Broken Heart - Britney Spears (P)
Bubbly - Colbie Caillat (P)
Like A Star - Corinne Bailey Rae (F)
Don't You Remember - Adele (F)
Natalie Imbruglia - Torn (S)
Broken Hearted Girl - Beyoncé (F)
Girl From The Gutter - Kina (S)
Breath Again - Tony Braxton (P)
The Power of Love - Celine Dion (S) Essa vai tocar no meu casamento
Sinéad O'Connor - Nothing Compares to You (F pura)
Norah Jones - Come Away With Me (P)
Só mulher!
E aqui dois textos que falo DE AMOR e FOSSA.
Feliz dia dos Namorados beibes!
Neste blog, pequenos textos do muito que se vê, se fala e se vive na poesia calcada de suor no cotidiano. Assim como o feminino de 'leão' é 'leã', de 'cão' é 'cã', o diminutivo de texto é "Textículo"
terça-feira, 12 de junho de 2012
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Nossa luta de cada dia - Bastidores da Parada Gay 2012
A Parada é para todos. O mundo é gay.
Isso soa como um belo clichê. E é mesmo, embora o conceito dessas frases possam ser revistos e contestados. Contextualizados também.
Quando digo que, a Parada LGBT (mais formal agora) é para todos, refiro-me a 'todos' que superaram o pré-conceito da sexualidade. O sexo é um tabu, sempre será, assim como a homossexualidade em si. Quem explica?
Quando ouve-se de longe, falar da parada gay sem nunca ter participado, aparece o preconceito. Mesmo sendo homem, mulher, gay, hétero ou bi. Tem gente que prefere não ir e 'falar mal'. Quem explica?
Confesso que ir à parada me custou. Mesmo com todas as minhas contestações e pudores, um dia fui, acompanhado de amigos. Estudava os participantes desde o trem que vinha do ABC colorindo-se até chegar no Brás. Via um menino com asinhas, meninas super maquiadas e quando chegava na Brigadeiro, já era todo purpurina.
O arco-íris é o símbolo gay e, na minha opinião, este arco de sete cores é uma das manifestações mais bonitas da natureza. Agrada muito machão que eu conheço. Porém, nem tudo é tão colorido assim como se vê na parada. A vida do homossexual é dupla, com duas correias que movem ou para o anonimato ou para a solidão. E na parada o contrário dessas correias são levadas à rua. À Av. Paulista.
Fui roubado na primeira vez, levaram minha carteira com todos os documentos e ainda me perdi dos amigos. Voltei sozinho pra casa e tive uma bela experiência desse mega evento (not). Isso não foi motivo para desistir da minha militância e procurar na parada um sentido feliz, uma luta escondida em vinho químico e gente se agarrando.
Nos outros anos, fui armado, atento para não ser roubado e com olhares atentos às cores dessa produção. E funcionou.
Consegui perceber na parada a alegria de estar ali, lutando, dançando, miltanto numa causa que é diária, cotidiana.
Nesta de 2012, mesmo trabalhando, conversava com uma travesti sobre a festa. Ela, do interior, trabalhava como professora e ainda não tinha conseguido na justiça ser reconhecida pelo nome de mulher. Disse que sempre vem à São Paulo na parada para se divertir, não para lutar por nada. 'Amanhã ninguém lembra disso aqui, a luta pelo preconceito é todo dia. Hoje eu quero me divertir' disse. E raciocinando sobre isso, pensei que é a verdade. É uma festa, mas que dá um start para essa luta nossa de cada dia.
Joguemo-nos!
Isso soa como um belo clichê. E é mesmo, embora o conceito dessas frases possam ser revistos e contestados. Contextualizados também.
Quando digo que, a Parada LGBT (mais formal agora) é para todos, refiro-me a 'todos' que superaram o pré-conceito da sexualidade. O sexo é um tabu, sempre será, assim como a homossexualidade em si. Quem explica?
Quando ouve-se de longe, falar da parada gay sem nunca ter participado, aparece o preconceito. Mesmo sendo homem, mulher, gay, hétero ou bi. Tem gente que prefere não ir e 'falar mal'. Quem explica?
Confesso que ir à parada me custou. Mesmo com todas as minhas contestações e pudores, um dia fui, acompanhado de amigos. Estudava os participantes desde o trem que vinha do ABC colorindo-se até chegar no Brás. Via um menino com asinhas, meninas super maquiadas e quando chegava na Brigadeiro, já era todo purpurina.
O arco-íris é o símbolo gay e, na minha opinião, este arco de sete cores é uma das manifestações mais bonitas da natureza. Agrada muito machão que eu conheço. Porém, nem tudo é tão colorido assim como se vê na parada. A vida do homossexual é dupla, com duas correias que movem ou para o anonimato ou para a solidão. E na parada o contrário dessas correias são levadas à rua. À Av. Paulista.
Fui roubado na primeira vez, levaram minha carteira com todos os documentos e ainda me perdi dos amigos. Voltei sozinho pra casa e tive uma bela experiência desse mega evento (not). Isso não foi motivo para desistir da minha militância e procurar na parada um sentido feliz, uma luta escondida em vinho químico e gente se agarrando.
Nos outros anos, fui armado, atento para não ser roubado e com olhares atentos às cores dessa produção. E funcionou.
Consegui perceber na parada a alegria de estar ali, lutando, dançando, miltanto numa causa que é diária, cotidiana.
Nesta de 2012, mesmo trabalhando, conversava com uma travesti sobre a festa. Ela, do interior, trabalhava como professora e ainda não tinha conseguido na justiça ser reconhecida pelo nome de mulher. Disse que sempre vem à São Paulo na parada para se divertir, não para lutar por nada. 'Amanhã ninguém lembra disso aqui, a luta pelo preconceito é todo dia. Hoje eu quero me divertir' disse. E raciocinando sobre isso, pensei que é a verdade. É uma festa, mas que dá um start para essa luta nossa de cada dia.
Joguemo-nos!
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